O casamento de Atalanta
Faz muito
tempo que o rei Íaso sonha em ter um herdeiro homem, mas sua mulher acaba de
dar a luz a uma menina. Então o rei o
toma uma decisão cruel: manda abandonar o bebê, Atalanta, no monte Partênio.
Felizmente, Ártemis, a deusa da caça, resolve
protegê-la e ordena a uma ursa que alimente a menina.
Alguns anos mais tarde, já moça feita,
Atalanta abate com o seu arco um javali monstruoso. Ouvindo falar dessa proeza da filha, Íaso
chama-a de volta. O rei logo percebe que
ela tem carácter indócil e violento: prefere caçar e fazer exercícios físicos a
executar trabalhos femininos. Por isso,
quando o pai resolve arranjar um casamento para ela, Atlanta diz:
- Aceito um
marido, meu pai, mas com uma única condição: quem quiser casar comigo vai ter
que me vencer em uma corrida. Senão
deverá morrer!
Íaso é
obrigado a ceder.
Muitos príncipes
gregos tentam a sorte, mas ela os deixa para trás, sem piedade. No entanto, um jovem da Arcádia, chamado
Melânio, deseja essa união. Suplica a
Ártemis que o ajude. A deusa lhe dá três
maçãs de ouro. Então ele se apresenta a Íaso
para pedir a mão da moça.
- Meu pobre
rapaz - geme o rei -, você conhece a condição?
Sabe quantos jovens já perderam a vida?
- Não se
preocupe, ó rei. Sei o que quero e o que
faço.
Pouco depois
começa a corrida. Atalanta e Melânio
correm pela pista, emparelhados. Quando
o rapaz sente que a princesa via ultrapassá-lo, tira de dentro da túnica a
primeira maçã de ouro e joga-a no chão, diante de Atalanta. Deslumbrada, a moça pára, apanha o fruto e
retoma a corrida. Aos poucos, torna a
ganhar terreno, mas Melânio joga a segunda maçã e, de novo encantada, Atalanta
diminui sua velocidade para apanhá-la.
Ela torna a interromper a corrida para apanhar a terceira fruta, mas
quando se ergue para tentar recuperar o atraso, vê que Melânio já atingiu a
linha de chegada.
Enfim
satisfeita, Atalanta aceita a derrota e casa-se com Melânio.
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