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LaLa Goulue Entrando no Moulin Rouge (1892)

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Lautrec. Óleo sobre cartão – 79,4 cm x 59 cm The Museum of Modern Art. Nova York, Estados Unidos  bronze.ofertou.com Goulue está acompanhada de seu amante, à esquerda, e uma das bailarinas do espetáculo, Nini-Patte-en-l’-Air, figura à direita. Protegiam a diva que aparece no centro, vestida de branco, com um ousado decote e uma fita amarrada ao pescoço, que mais tarde fará moda, tal como o cabelo preso. Seu olhar, inexpressivo, parece se dirigir ao longe. Para acentuar o contraste entre a diva e suas companheiras, Lautrec investe nos tons diversos dos trajes. Ao lado de Jane Avril , a Goulue reinava no Moulin Rouge e, na época em que o artista pintou esta tela, estava no auge de sua carreira. Toulouse-Lautrec a retrata no momento de seu passeio diário pelos arredores do cabaré. As três figuras parecem caminhar em direção ao espectador, deixando para trás, no segundo plano, o perfil de um homem usando cartola e os espelhos do saguão, que refletem as luzes do cabaré. ...

Toulouse-Lautrec (França, 1864-1901)

Ex-maldito, pintor de bêbedos, prostitutas, gigolôs e artistas alternativos como os circenses, o boêmio Henri­-Marie-Raymond de Toulouse-Lautrec passaria hoje por um produtor engajado, que tematiza comportamentos dos excluídos da sociedade. Um contrassenso em relação a sua origem aristocrática. Filho de Alphonse e Adèle, condes franceses cujas raízes remontam ao tempo de Carlos V, Lautrec nasceu no dia 24 de novembro de 1864, em Albi. Uma anomalia hereditária aliada a uma queda de cavalos selou seu destino, atrofiando-lhe braços e pernas, mas mantendo sua cabeça em tamanho normal – o que parecia transformá-la em algo imenso – e limitando seu corpo a 1,52 m. a deficiência física – advinda do casamento consanguíneo de seus pais, primeiros em primeiro grau – o marcou profundamente desde a infância. Seu irmão mais novo, Richard-Constantine, morreu com um ano. A tendência de os membros da família se casarem entre si para evitar a divisão do patrimônio gerou, no mínimo, outros três prim...

Acervo distribuído entre as prostitutas

A genialidade de Toulouse-Lautrec só não o fez antever seu prestígio pós-morte e a milionária valorização de suas obras. Trabalhava de graça para os amigos e não aceitava encomendas, a não ser para cartazes. Como presenteava generosamente, sua extensa obra caiu em mãos pouco cuidadosas. Por sofrer declínio em sua vida, já aos 30 anos voltou a viver com mãe. Provocou, porém, grande tumulto na família por causa de seu comportamento e dos temas de sua obra, o que fez com que seu tio ateasse fogo em algumas telas. Na miséria, a bailarina Louise Weber passou duas delas a um marchand inescrupuloso, que as cortou em oito pedaços, vendendo os retalhos. Em 1926, o Ministério da Cultura francês comprou as duas telas por 400 mil francos, uma fortuna à época. O próprio Lautrec abandonou algumas obras em seu ateliê, em Montmartre. O zelador do imóvel distribuiu mais de cinquenta telas pelos cabarés e bistrôs do bairro mundano que o artista celebrizou, mantendo cerca de trinta “em estoque”. A mad...

Figuras à Margem da Sociedade Ganham o Centro das Telas

Toulouse-Lautrec era apaixonado pelo que se pode chamar “mundo marginal” parisiense do final do século XIX. Como musas, Lautrec elegeu personagens anônimos, principalmente mulheres. Garçonetes, dançarinas, de cancã, prostitutas e lésbicas foram sua principal fonte de inspiração para criar envolventes personagens erotizadas que, no entanto, também o levaram à decadência. Rosa La Rouge, sua modelo predileta, lhe transmitiu a sífilis, doença que, aliada ao alcoolismo, foi responsável pela morte precoce do pintor, aos 36 anos de idade.             Apesar do nanismo e do aspecto pouco atraente de seu corpo de homem sobre pernas de garoto, Toulouse-Lautrec seduzia as mulheres pelo bolso, mantido cheio pela nobre família de Albi, sul da França. Nos momentos de depressão, o artista refugiava-se nos bordéis e relacionava-se cm artistas como La Goulue , a dançarina mais famosa do Moulin Rouge, Jane Avril, Yvette Guilbert, Grille d’Égout...