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Olavo Bilac, Monteiro Lobato e Ana Maria Machado: três discurso sobre a literatura infantil e Juvenil?

Fernando Teixeira Luiz (UNESP) Introdução O presente estudo, centrado na análise documental, ocupa-se em problematizar tópicos específicos da literatura infantil e juvenil com base na apreciação crítica de três escritores emblemáticos nacionais: Olavo Bilac, Monteiro Lobato e Ana Maria Machado. Em outras palavras, a pesquisa objetiva verificar como os citados ficcionistas, movidos por determinadas convicções e imersos em distintos contextos, definem, descrevem e discutem o gênero infanto-juvenil. Para tanto, tal investigação científica optou por seguir um caminho ainda não muito explorado na tradição de pesquisas consolidadas nesse campo: recupera, examina e polemiza, com base na crítica literária contemporânea, os conceitos “teóricos” dos anunciados autores, dispersos ora em produções de caráter epistolar (como no caso de Lobato), ora em prefácios e ensaios (como acontece, respectivamente, com Bilac e Machado). Os resultados obtidos apontam para o diálogo que os escr...

Via Láctea - Soneto XIII, de Olavo Bilac

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"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas".