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Soneto ao inverno - Vinícius de Moraes

Inverno, doce inverno das manhãs Translúcidas, tardias e distantes Propício ao sentimento das irmãs E ao mistério da carne das amantes: Quem és, que transfiguras as maçãs Em iluminações dessemelhantes E enlouqueces as rosas temporãs Rosa-dos-ventos, rosa dos instantes? Por que ruflaste as tremulantes asas Alma do céu? o amor das coisas várias Fez-te migrar - inverno sobre casas! Anjo tutelar das luminárias Preservador de santas e de estrelas... Que importa a noite lúgubre escondê-las? Londres, 1939.

Encantamento - Arilton Bronze

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Na praia que vi de passagem A vida sobrevinha tranquila. A brisa do mar Beijou minha face carinhosamente Que tão de leve, quase não senti Parecia seda ou cetim. Na praia que vi de passagem A brisa do verão Transpassou minha alma e Eu viajei suave em seu encanto. Na praia que vi de passagem Tudo era belo, imensamente belo... Sorri e a praia me olhou Com um sorriso apaixonado.