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Mostrando postagens com o rótulo Cachorro

Minhas férias - Luis Fernando Veríssimo

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        Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping . Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava "aquele fugiu!" e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar de a minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a minha irmã (Su) insistir em levar o toca- discos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós...

Tentação

            Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.             Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. S...

Papel de Parede - Animação 2

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Uma amizade que vem de longe

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É uma amizade que vem de longe: há 7 mil anos, o cão já acompanhava o homem nas caçadas. Este – agradecido – desenhou uma a cena nas paredes de sua caverna. Mais tarde, no Egito dos faraós, cães aparecem pintados em templos e túmulos. Monumentos assírios de 600 anos antes de Cristo mostram cães amestrados perseguindo outros animais. Gregos e romanos utilizava-nos em suas guerras, equipando as coleiras com pontas de ferro. E, do outro lado do oceano, os índios da América do Sul tinham cães de estimação antes que o primeiro europeu aqui chegasse. De tão intensa e persistente amizade, o homem antigo fabricou mitos, crença e rituais mágicos: durante muito tempo e em várias partes do mundo, acreditou-se que alma de cachorro tinha a mesma essência que a dos seres humanos, de modo que – pensou-se – que uma podia muito bem substituir a outra. Mito elogioso, porém ingrato para o pobre cão: os índios peles-vermelhas da tribo kansas comiam “o melhor amigo do homem”, certos de que era a...

O Cachorro e Sua Sombra

Um cachorro, que levava na boca um pedaço de carne, ao atravessar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu. Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o cachorro refletido na água, para tomar o pedaço de carne que pensa ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe. Autor: Esopo Moral da História : É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.