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Tragédia no lar - Castro Alves

Na Senzala, úmida, estreita, Brilha a chama da candeia, No sapé se esgueira o vento. E a luz da fogueira ateia. Junto ao fogo, uma africana, Sentada, o filho embalando, Vai lentamente cantando Uma tirana indolente, Repassada de aflição. E o menino ri contente... Mas treme e grita gelado, Se nas palhas do telhado Ruge o vento do sertão. Se o canto pára um momento, Chora a criança imprudente ... Mas continua a cantiga ... E ri sem ver o tormento Daquele amargo cantar. Ai! triste, que enxugas rindo Os prantos que vão caindo Do fundo, materno olhar, E nas mãozinhas brilhantes Agitas como diamantes Os prantos do seu pensar ... E voz como um soluço lacerante Continua a cantar: "Eu sou como a garça triste "Que mora à beira do rio, "As orvalhadas da noite "Me fazem tremer de frio. "Me fazem tremer de frio "Como os juncos da lagoa; "Feliz da araponga errante "Que é livre, que livre voa. "Que é livre, que li...

As palavras - Arilton Bronze

As palavras são maleáveis O contexto pode provar Se a pessoa não for sensível Jamais perceberá. Elas mudam constantemente Cada um pode perceber Depende do significado Que você quer conhecer. Sensível pode ser maldoso Depende da brincadeira Cirurgia conhecimento Ciência cabe na algibeira. Tragédia - experiência Até difícil pode parecer Faça a experiência Que comida balão pode ser. Termino a cirurgia Mais medroso que antes O balão está gostoso Pelos menos nesse instante .