Postagens

Mostrando postagens com o rótulo tempo

Mãos dadas - Carlos Drummond

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

Amor proibido - Arilton Bronze

Ela cantava Uma música fatal Falava em meus ouvidos Buscava me amar, conquistar, Seduzir... O tempo foi passando e Seus gritos juntos dos meus: Amor! Amor! Amor! O grito ecoou pela cidade e Sua música se tornou fatal. Rostos pálidos e tristonhos Tudo se cobriu de dor A música foi ficando Distanteeeee.......... Escondendo minha falta De pudor. O grito sumiu O que restou? Saudade amor...

O sabiá cantou - Arilton Bronze

Cante sabiá! O poeta não ouviu Minha presença de mulher Deixou-o cego e feliz. Cante sabiá! O poeta não ouviu Esteve tanto tempo a me olhar Que ele se confundiu. Cante sabiá! O poeta não ouviu Olhava para meus cabelos, A cor e o perfume o iludiu. Cante sabiá! O poeta não ouviu. Cante sabiá! Cante sabiá!