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Longe de tudo

É livres, livres desta vã matéria, longe, nos claros astros peregrinos que havemos de encontrar os dons divinos e a grande paz, a grande paz sidérea.   Cá nesta humana e trágica miséria, nestes surdos abismos assassinos teremos de colher de atros destinos a flor apodrecida e deletéria. O baixo mundo que troveja e brama só nos mostra a caveira e só a lama, ah! só a lama e movimentos lassos... Mas as almas irmãs, almas perfeitas, hão de trocar, nas Regiões eleitas, largos, profundos, imortais abraços! Sousa, Cruz e. Poesias completas. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 1991. p.158. 1. (UFRJ) o texto confronta dois espaços para marcar a oposição “corpo e alma”. a) Retire do texto dois advérbios que explicam esses dois espaços. b) Transcreva duas expressões formadas por adjetivo(s) e substantivo que caracterizam esses espaços, identificando a que espaço cada uma se refere. 2. (UFRJ) Explique a visão de corpo em rela...

Monja - Cruz e Sousa

Ó Lua, Lua triste, amargurada, Fantasma de brancuras vaporosas, A tua nívea luz ciliciada Faz murchecer e congelar as rosas. Nas floridas searas ondulosas, Cuja folhagem brilha fosforeada, Passam sombras angélicas, nivosas, Lua, Monja da cela constelada. Filtros dormentes dão aos lagos quietos, Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos, Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando... Então, ó Monja branca dos espaços, Parece que abres para mim os braços, Fria, de joelhos, trémula, rezando...