Outra Negra Fulô - Oliveira Silveira

O sinhô foi açoitar a outra nega Fulô - ou será que era a mesma? A nega tirou a saia a blusa e se pelou O sinhô ficou tarado, largou o relho e se engraçou. A nega em vez de deitar pegou um pau e sampou nas guampas do sinhô. - Essa nega Fulô! Esta nossa Fulô!, dizia intimamente satisfeito o velho pai João pra escândalo do bom Jorge de Lima, seminegro e cristão. E a mãe-preta chegou bem cretina fingindo uma dor no coração. - Fulô! Fulô! Ó Fulô! A sinhá burra e besta perguntava onde é que tava o sinhô que o diabo lhe mandou. - Ah, foi você que matou! - É sim, fui eu que matou – disse bem longe a Fulô pro seu nego, que levou ela pro mato, e com ele aí sim ela deitou. Essa nega Fulô! Essa nega Fulô!