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O fervor da Belle Époque

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A despeito das guerras, disputas comerciais e epidemias, a belle époque foi, sobretudo, um período em que Paris brilhou como centro do mundo. Se havia algo importante acontecendo, especialmente relacionado às artes. A capital francesa seria seu palco e, muitas vezes, seu berço. Em 1870, porém, na tentativa de barrar o expressionismo alemão, o imperador da França, Napoleão III, iniciou a disputa contra a Prússia. Renoir, convocado para a batalha, jamais poderia imaginar que o conflito franco-prussiano seria uma das principais causas, que 45 anos depois, da Primeira Guerra Mundial. Nessa época, a Europa vivia o período de conquistas, ligando pequenas ou grandes distâncias por meio do telefone, percursos que diminuíram ainda mais com a chegada dos automóveis. O entusiasmo tomava conta dos salões, dos bailes e das ruas, e os cenários cultural e politico estavam em efervescência. Floresciam as vanguardas artísticas e os movimentos socialistas organizados. O estilo art nouveau , cara...

A rendeira (1665-1668)

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Vermeer. Óleo sobre tela - 24 cm x 21 cm Museu do Louvre. Paris, França         Por mais simples que pareça as cenas de Vermeer, há sempre um ensinamento moral a ser apreendido, seja por meio do exemplo positivo, seja por meio do negativo. Segundo os princípios protestantes, a mulher devia levar uma vida dedicada ao trabalho no lar e à família. Neste casso, a protagonista está bordando, totalmente alheia ao mundo exterior. As atividades têxteis eram tarefas exclusivamente femininas, tal como pregavam os provérbios de Salomão (31,32), leitura obrigatória naquela época em que se elogiavam as virtudes da mulher que soubesse tecer e costurar. Nesta tela, a rendeira se mostra totalmente concentrada em seu trabalho, e não olha o espectador, ao contrário do que acontece em outras obras do pintor. A mesa coberta com um tapete escuro, sobre o qual descansa um travesseiro, faz as vezes de barreira e protege a moça dos olhares mal-intencionados: seu mundo interior é ...

De que lugar do mundo vem o sorvete?

            Essa delícia gelada que todos nós apreciamos e que combina com a estação (verão) vem de uma parte muito distante do mundo: o Oriente.             A guloseima surgiu na China, assim como o macarrão e a seda. O primeiro relato de que se tem notícia sobre o consumo do sorvete data de três mil anos atrás.            Naquela época, como ainda não existiam geladeiras, ele era feito com uma matéria-prima natural, a neve, e misturado a suco de frutas e mel.            Quem levou a iguaria refrescante para a Europa foi Alexandre, o Grande, rei da Macedônia. No século XIII, o veneziano Marco Polo voltou de uma de suas viagens à China e trouxe na bagagem de volta a receita para os cozinheiros italianos. Sabe o que eles fizeram? Adicionaram um ingrediente que deixou o s...

Antonin Artaud - biografia

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Antonin Artaud nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi um poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês. Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos. Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento. Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”....