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A cólera de Zeus

          Um relâmpago rasga o céu e atinge em cheio a casa de Licáon. Destruída pelas chamas, num instante ela transforma-se num monte de escombros fumegantes. É assim que, do alto do Olimpo, Zeus, o soberano dos deuses, aquele que lançou o raio, põe fim aos inúmeros crimes desse malfeitor, adepto dos sacrifícios humanos. Desse dia em diante, Licáon, metamorfoseado em lobo, ficará vagando e uivando até morrer.            No entanto, Zeus soube que os cinquenta filhos de Licáon cometem atos tão terríveis quanto os do pai. Por isso, vestido como se fosse um pobre vagabundo, Zeus apresenta-se na casa deles. Apesar de toda a sua maldade, acolhem o deus disfarçado, pois seguem as regras da hospitalidade. Convidam-no a comer com eles. Trazem para a mesa uma panela enorme. Zeus cheira a comida, e seu coração se aperta de horror: entre os miúdos de carneiro e cabrito, reconhece pedaços de carne ...

Eu Voltarei

Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho, servidor do próximo, honesto e simples, de pensamentos limpos. Seremos padeiros e teremos padarias. Muitos filhos à nossa volta. Cada nascer de um filho será marcado com o plantio de uma árvore simbólica. A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvore de Roseta. Seremos alegres e estaremos sempre a cantar. Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas, teremos uma fazenda e um Horto Florestal. Plantaremos o mogno, o jacarandá, o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro. Plantarei árvores para as gerações futuras. Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros. Terão moinhos e serrarias e panificadoras. Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens e mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar. E eu morrerei tranquilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cânti...