Na
espuma verde
do mar
desenharei
o teu nome
Em cada
areia
da
praia
em cada
pólen
da flor
em cada
gota
do
orvalho
o teu
nome
deixarei
gravado
No
protesto calado
de
cada homem ultrajado
em
cada insulto
em
cada folha caída
em
cada boca faminta
hei
de escrever
o
teu nome
Nos
seis férteis
das
virgens
nos
sorrisos perenes
das
mães
nos
dedos dos namorados
no
embrião da semente
na
luz irreal das estrelas
nos
limites do tempo
hei
de uma esperança semear.
Antônio
Mendes Cardoso (Cabo Verde)
In No reino de Caliban. p. 261.
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