Ismael Nery
Ismael Nery nasceu em Belém, Pará,
em 1900. Ainda pequeno, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tudo começou: seus
primeiros desenhos, a ousadia na forma de pintar e também seus conflitos.
Entre esses conflitos, estava a
Escola Nacional de Artes. Ele passou por momentos contraditórios na vida e na
arte, o que acabou lhe rendendo o título de “rebelde”, “louco” ou de “o pintor
maldito da fase inicial do nosso Modernismo”.
Buscando encontrar uma estética que
expressasse seu modo de ver e sentir o mundo, viajou para a Europa, onde
experimentou tendências, como a do Expressionismo, do Cubismo, Miró e,
especialmente, pelas de Chagall. Apesar da influência deste último em seus
trabalhos iniciais, criou novos caminhos e opções para a arte.
Por essa razão, muitas vezes, ele
foi incompreendido pela sociedade artística carioca da época. Segundo Pedro
Nava, Nery era um pintor poeta, um gênio devotado à sua arte e um dos mais
autênticos artistas brasileiros. Um artista que encontrou, no violeta da paixão
e no branco absoluto, nos azuis mais celestes e nos mais noturnos, o tom da
ânsia e da indagação filosófica sobre a vida e pelo mundo.
Três anos antes de sua morte,
começou a escrever poesias. Morreu muito jovem, com apenas 34 anos. Deixou em
sua obra opostos que se encontraram.
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