Longe de Florença apenas duas vezes
Sandro Botticelli saiu de Florença somente duas vezes em sua vida. Em
1473, foi a Pisa cumprir uma encomenda que acabou cancelada e, entre 1481 e
1482, trabalhou em Roma. O convite partiu do papa Sisto IV, depois da malograda
conspiração para derrubar Lourenço, o Magnífico. Para estabelecer boas relações
com os Medice, a quem quisera destruir, Sisto IV convidou artistas de Florença
a participarem da decoração da recém-criada Capela Sistina, no Palácio do
Vaticano. Construída entre 1475 e 1481, a capela levou o nome de Sistina em
homenagem ao papa, Michelangelo pintaria o teto, que começou em 1508 é só foi
terminar no dia de Finados de 1512, obra considerada pelos historiadores da
Arte como um marco definitivo do espírito da Renascença. O contrato com os
artistas florentinos para a realização das pinturas foi firmado em 27 de
outubro de 1481. Botticelli pintou três afrescos no Vaticano: As Provações de Moisés, A Tentação de Cristo
e A Punição dos Rebelados. As cenas
são ricas em episódios e movimentos, com várias circunstâncias que constituem a
narração completa. Elas documentam a continuidade entre o Antigo e o Novo
Testamento, entrelaçando o cristianismo às leis mosaicas. A realização dos
afrescos no Vaticano aumentou ainda mais a reputação do artista. Ao regressar a
Florença, em 1482, as encomendas de suas obras aumentaram substancialmente.
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