Paz e Guerra (1629-1630)
Peter Paul Rubens
Óleo
sobre tela – 203,5 cm x 298 cm
National
Gallery. Londres, Inglaterra.
Considerado um dos gênios da pintura
universal, Rubens também se destacou na carreira diplomática, devido a sua
ótima formação cultural e inteligência estratégica. Aos 26 anos, o pintor foi
enviado à Espanha pelo duque de Mântua e, dali em diante, não pararia mais. Entre
1623 e 1625, tentou negociar a paz com os separatistas ingleses, a pedido da
soberana dos Países Baixos, mas fracassou. Em 1628, o pintor foi incumbido de
uma nova missão: negociar a paz hispano-inglesa. Em seguida, viajou a Madrid,
onde tomou contato com Velásquez e pode reproduzir as obras de Ticiano – seu pintor
predileto – que faziam parte da coleção real. Mais tarde, Rubens seguiu para
Londres, onde se hospedou por dez meses na corte de Carlos I. Por essa época,
as negociações de paz começaram a dar bons resultados, motivando o fim do conflito
entre ingleses e holandeses. Durante sua permanência na corte londrina, Rubens
pintou apenas duas telas para o monarca inglês, destacando-se Paz e Guerra, aqui reproduzida. Trata-se
de uma alegoria resultante de sua experiência diplomática: Minerva, a deusa da
sabedoria, expulsa Marte, deus da guerra, que está acompanhado pelo Horror. Sob
sua proteção, estão Paz e Prosperidade, ao lado de querubins e crianças, que se
reúnem em volta da cornucópia – vaso em forma de chifre que simboliza a
abundância e a fertilidade.
Comentários
Postar um comentário