Por que as letras no teclado não seguem a ordem alfabética?
Acredite se quiser, mas o teclado que usamos hoje – conhecido
como QWERTY (por causa das seis primeiras letras na fileira superior, na mão
esquerda) – foi escolhido por tornar a digitação mais lenta. Isso aconteceu
porque as primeiras máquinas, de tecnologia rudimentar, travavam os tipos quando
a datilografia era muito rápida. Quando o impressor americano Christopher
Latham Sholes (1819-1890) inventou a máquina de escrever, em 1868, tentou
ordenar as letras em ordem alfabética – como acontece na segunda fileira, onde
temos uma sequência quase completa: DFGHJKL. As mudanças de posição foram
feitas para forçar o datilógrafo a bater as teclas numa velocidade adequada,
sem embaralhar os tipos. Por isso, o E
e o I, duas letras mais frequentes
na língua inglesa, foram retiradas da segunda fileira, o mais acessível. A letra
A, outra das mais comuns, ficou
relegada ao dedo mínimo esquerdo, o menos hábil de todos. Em 1932, depois de 20
anos de estudo, August Dvorak, também americano, criou o teclado que leva o seu
nome, extremamente eficiente para a língua inglesa: 3 000 palavras podem ser
escritas com as letras da fileira principal (contra 50 no teclado QWERTY) e a
mão direita é a mais usada. Alguns fabricantes chegaram a realizar competições entre
os dois teclados para determinar qual era o melhor. Infelizmente, o datilógrafo
que usou o QWERTY havia memorizado o teclado inteiro, enquanto o outro ainda
catava milho. Por conta disso, o QWERTY acabou se tornando padrão industrial e
assim permanece até hoje.
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