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Mostrando postagens de abril, 2009

Oração subordinada substantiva - tira

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Leia a tira a seguir: 1. Que período composto por subordinação há no texto do primeiro quadrinho? Copie-o. 2. Explique por que esse período é composto por subordinação. 3. Por que a palavra que não é um pronome nesse período? 4. Por que a oração subordinada é dependente da primeira oração?

Rafael Tobias de Aguiar - biografia

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Felicidade clandestina - Clarice Lispector

         Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.             Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".             Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, n...

Campo de Várzea - Garcia de Paiva

          O campo ficava perto de um loteamento, mostrava acentuado desnível e suas traves eram tortas: uma delas — mourão retirado de um andaime da construção próxima — tinha dois metros e meio de altura, e a mais baixa, no lado oposto, noventa centímetros. Alguns meninos acompanhavam o jogo.   Os times haviam sido formados ao acaso, e um deles ficou com dez elementos, o outro com nove.   Apenas três jogadores usavam chuteiras, as mesmas com que trabalhavam de pedreiro na construção, e havia dois descalços. Corriam atrás da bola com obstinação, defendiam encarniçadamente, num e noutro extremo, o espaço entre as traves, e atacavam também. Eram homens que se haviam reunido para correr atrás de uma bola e divertir-se, e somente dois ou três se conheciam, o jogo transcorria silencioso, mas de vez em quando rebentava um palavrão ou alguma risada solta nas furadas e nos lances mais acirrados. Os gols começaram a ser feitos e não houve registro deles. Cert...

As palavras - Arilton Bronze

As palavras são maleáveis O contexto pode provar Se a pessoa não for sensível Jamais perceberá. Elas mudam constantemente Cada um pode perceber Depende do significado Que você quer conhecer. Sensível pode ser maldoso Depende da brincadeira Cirurgia conhecimento Ciência cabe na algibeira. Tragédia - experiência Até difícil pode parecer Faça a experiência Que comida balão pode ser. Termino a cirurgia Mais medroso que antes O balão está gostoso Pelos menos nesse instante.

É bom

É bom! Poder distrair meus olhos, Poder deixá-los felizes. É bom! Avistar o Oceano gentil, Quando ele despertar Na alvorada do dia... É bom! Olhar os encantos desse lugar Aproveitar hoje, amanhã, sempre... Fecho os olhos e o frescor do Oceano Deixa-me silenciosamente feliz. Cai uma gota estranha em minha face, A felicidade leva-me ao delírio. Procuro me acalmar... Já calmo, vivo esse dia de sonho. Arilton Bronze

Encantamento - Arilton Bronze

Na praia que vi de passagem A vida passava tranquila. A brisa do mar Beijou minha face carinhosamente Que tão de leve, quase não senti Parecia seda ou cetim. Na praia que vi de passagem A brisa do verão Transpassou minha alma e Eu viajei suave em seu encanto Na praia que vi de passagem Tudo era belo, imensamente belo... Sorri e a praia me olhou Com um sorriso apaixonado.

Canarinho - Arilton Bronze

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Voa, voa canarinho, voa... Para longe da gaiola eu sou uma  criancinha Que te ama e te namora. Voa, voa passarinho Pela terra sem fim, Busce a sua liberdade Cante um dia só para mim. Voa, voa sem maldade Não fique preso no alçapão V iver sem a liberdade É viver na solidão.

Teu corpo II - Arilton Bronze

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Teu corpo ontem e hoje chamavas por mim. Teu corpo ardente caliente chamavas por mim. Teu corpo no vento na água na cama na sanha chamavas por mim. Teu corpo despido macio cheiroso deixava-me louco chamavas por mim.

Luar - Arilton Bronze

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Noite bonita noite de luar, mulheres amadas querendo beijar. Noite de alegria pequena magia, mulheres amadas querendo beijar. Noite querida flores bonitas, mulheres amadas querendo beijar. Noite... Luar... Mulheres amadas.

Uso de S

Emprega-se a letras S nos seguintes casos: - Nos adjetivos terminados pelos sufixos –oso/– sa indicadores de abundância, estado pleno. Exemplos: cheiroso, formosa, dengosa, horroroso. - Nos sufixos – ês, –  esa, – isa, indicadores de origem, título de nobreza ou profissão. Exemplos: francês, camponesa, milanês, marquês, duquesa, princesa, poetisa, profetisa. - Depois de ditongos. Exemplos: coisa, faisão, mausoléu, maisena, Neusa, lousa. - Nas frases dos verbos pôr e querer Exemplos: pus, puser, pusesse; quis, quiser, quisesse.

Sete anos de pastor - Luís de Camões

                Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia o pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assim negada a sua pastora, como se não a tivera merecida, Começa de servir outros sete anos, dizendo: Mais servira, se não fora pera tão longo amor tão curta a vida!