Juízo Final (1536-1541)
Michelangelo
Buonarroti (Itália, 1475-1564)
Pintura
em afresco – 1.700 cm x 1.330 cm
Capela
Sistina – Vaticano, Roma
Após enfrentar muitas dificuldades durante
quatro longos anos dedicados à pintura do teto da Capela Sistina, entre 1508 e
1512, Michelangelo volta em 1536 para realizar outra grande obra na parede do
altar, Juízo Final, termina apenas
1541. Inspirado no poema Inferno de
Dante Alighieri, de quem o artista era especial admirador, e no hino latino Dies Irae (“Dia de Ira”), Michelangelo
mostra, por meio de enormes figuras humanas, misturadas de forma sufocante, a
realidade da morte e do medo. No centro desse amontoado de corpos encontra-se
um Cristo jovem e atlético, tendo a lado a Virgem, que evita olhar ao redor
para não presenciar a execução dos castigos. O artista revelou, ainda, toda a
sua dedicação, esmero e persistência durante seu árduo trabalho, não se dando
como vencido nem mesmo pelo fato de ter sofrido perigosa queda dos andaimes.
Tao logo o afresco foi inaugurado, porém, surgiram impiedosas críticas contra o
exagero de nus, considerados obscenos para a época, uma vez que a igreja se
empenhava em restabelecer o moralismo religioso. O trabalho esteve a ponto de
ser destruído não fossem as providências tomadas pelo pintor Daniel de
Volterra, que cobriu a maior parte dos nus.
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